quarta-feira, 5 de agosto de 2009

SERRANA

Tianguá, ó serrana graciosa,Junto a ninhos assim de aves chilreantes E ao cristal de regatos borbulhantes, Dentre as serranas, és a mais formosa.
És bela, quando ostentas vaidosaO vigor das mangueiras verdejantes, O mar de mel das canas farfalhantes E a seda de suas frechas cor-de-rosa.
A fim de alimentar os teus queridos E de alegrar os corações doridos, Fazes como não vejo a mãe alguma:Moendo para eles, doce e lhana, Do teu quérulo peito cor de cana As fibras, palpitantes, uma a uma.
Sobral, setembro de 1943.

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