quarta-feira, 7 de abril de 2010

DIREITOS HUMANOS

Ao participar da audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta quarta-feira (07) para discutir a adoção de crianças haitianas, a senadora Patrícia Saboya (PDT-CE) sugeriu que o Brasil coordene ações contundentes para ajudar na recuperação e na proteção de meninos e meninas vítimas do terremoto que afetou o País no começo deste ano. Ela propôs o envio de uma comissão ao Haiti, que se chamaria "Missão Zilda Arns" e contaria com a participação de parlamentares, organizações governamentais e não-governamentais brasileiras, com o objetivo de buscar soluções concretas para milhares de crianças que estão sem lar. "A recomendação da ONU é a de que crianças que são vítimas de catástrofes como a que se abateu sobre o Haiti não deveriam, em princípio, ser adotadas. A primeira solução deve ser buscar pelos parentes delas e promover esse reencontro para evitar o risco de um duplo trauma: o da tragédia e o da separação de suas famílias", ponderou Patrícia Saboya.

Ela encaminhou à CDH documento da Sociedade Brasileira de Pediatria com 10 propostas de ação do Brasil no Haiti no que se refere às crianças e aos adolescentes vítimas da tragédia. "Assim que aconteceu o terremoto, entrei em contato com os pediatras brasileiros para que pensássemos em medidas práticas a serem adotadas no sentido de ajudar na criação de uma rede sólida de proteção das crianças haitianas, com a construção e o aparelhamento de abrigos para as que estão separadas de suas famílias e a capacitação de pessoas para cuidar desses meninos e meninas", ressaltou a senadora.

"Não temos, por exemplo, os números das crianças órfãs no Haiti, antes e depois do terremoto. Sabemos que há um contingente enorme de meninos e meninas abandonados que precisam da nossa ajuda. Precisamos, primeiro, cadastrar essas crianças, fazer um levantamento sobre a situação delas para, a partir daí, traçar um plano de ação", complementou Patrícia, que fez ainda um apelo: o de que o governo federal faça uma campanha institucional para estimular a adoção sem preconceitos dentro do Brasil. "Temos a nova lei nacional de adoção. E o mais correto, o mais prudente é aproveitar a nova legislação para reforçar a adoção no Brasil. Milhares de crianças brasileiras esperam por uma família, mas infelizmente a maioria das pessoas só querem adotar meninas brancas com menos de dois anos de idade", lamentou a senadora. "A adoção é um gesto de amor pleno. Quando engravidamos, não sabemos como serão nossos filhos. Por que então na adoção tem de ser diferente? Por que escolher um determinado perfil de criança a ser adotada?", questionou Patrícia.


1 Comentários:

Anônimo disse...

acho muito bom saber das ações dos politicos , realmente so assim sabeberemos realmente suas propostas e ações.
marilia frota

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